segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

DISCURSO para os formandos 2015


Senhoras gestoras, caríssimos colegas, pais, familiares e em especial nossos formandos.

Com muita honra e alegria, recebi o convite para ser a paraninfa dos alunos da 3 séries do Ensino Médio da E.E. Prof. Sebastião Ramos Nogueira.

Mais do que nunca, este é um momento especial. Mais especial ainda, é claro, para cada um que hoje se despede da escola. Mas, também especial pelo tempo em que convivemos, diante de obstáculos que foram sendo solucionados pouco a pouco.  Depois de um, dois ou três anos de convívio, enfim, vencemos, chegamos a este momento importante. Mas e agora? O que esperar do futuro? 

O futuro depende de cada um. Vocês são responsáveis pelos seus destinos. Cabe a cada um de vocês tomar as decisões, escolher o caminho a seguir. Lembrem-se, somos sujeitos ativos de nossos destinos.

Enfim, meus caros, gostaria de finalizar, citando um trecho  do livro "O pequeno príncipe" - “cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada; há os que deixam muito, mas há os que não deixam nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.”
Portanto tenham o amor, a virtude e a  ética guiando a vida de vocês.

Obrigada.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O CORTIÇO, ALUÍSIO AZEVEDO

RESUMO
O romance segue claramente duas linhas mestras em seu enredo, cada uma delas girando em torno de um imigrante português. De um lado temos João Romão, o dono do cortiço, do outro Jerônimo, trabalhador braçal que se emprega como gerente da pedreira que pertence ao primeiro.
João Romão enriquece às custas de sua obsessão pelo trabalho de comerciante, mas também por intermédio de meios ilícitos, como os roubos que pratica em sua venda e a exploração da amante Bertoleza, a quem engana com uma falsa carta de alforria. Ele se torna proprietário de um conjunto de cômodos de aluguel e da pedreira que ficava ao fundo do terreno. Aumenta sua renda e passa a se dedicar a negócios mais vultosos, como aplicações financeiras. Aos poucos, refina-se e deixa para trás a amante.

Miranda, comerciante de tecidos e também português, muda-se para o sobrado que fica ao lado do cortiço. No início disputa espaço com o vizinho, mas, aos poucos, os dois percebem interesses comuns. Miranda tem acesso à alta sociedade, posição que começa a ser almejada por João Romão, este, por sua vez, tem fortuna, cobiçada pelo comerciante de tecidos que vive às custas do dinheiro da esposa. Logo, uma aliança se estabelece entre eles. Para consolidá-la, planeja-se o casamento entre João Romão e a filha de Miranda, Zulmira. João se livra de Bertoleza, devolvendo-a aos seus antigos donos.

Jerônimo assume a condição de gerente da pedreira de João Romão e passa a viver no cortiço com a esposa Piedade. Sua honestidade, força e nobreza de caráter logo chamam a atenção de todos. No entanto, seduzido pela envolvente Rita Baiana, assassina o namorado desta, Firmo. Jerônimo abandona a esposa e vai viver com Rita. Entra então em um acelerado processo de decadência física e moral, assim como sua esposa, que termina alcoólatra.
A decadência atinge também outros moradores do cortiço. É o caso de Pombinha, moça culta que aguardava a primeira menstruação para se casar. Seduzida pela prostituta Léonie, abandona o marido e vai viver com a amante, prostituindo-se também.

BIOGRAFIA -  Aluísio Azevedo

Aluísio Azevedo foi o melhor representante da tendência naturalista do Realismo brasileiro. Em seu esforço de conhecimento da realidade, explicitava a vida humana mesmo em seus aspectos mais sórdidos: a baixeza, a exploração, a desonestidade e o crime.

Quando jovem ele fazia caricaturas e poesias, como colaborador, para jornais e revistas no Rio de Janeiro. Seu primeiro romance publicado foi: Uma lágrima de mulher, em 1880.
 Fundador da cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras e crítico social, este escritor naturalista foi autor de diversos livros, entre eles estão: O Mulato, que provocou escândalo na época de seu lançamento, Casa de Pensão, que o consagrou e O Cortiço, conhecido com sua obra mais importante.
 Este autor, que não escondia seu inconformismo com a sociedade brasileira e com suas regras, escreveu ainda outros títulos: Condessa Vésper, Girândola de Amores, Filomena Borges, O Coruja, O Homem, O Esqueleto, A Mortalha de Alzira, O livro de uma Sogra e contos como: Demônios.
 Durante grande parte de sua vida, Aluísio de Azevedo viveu daquilo que ganhava como escritor, mas ao entrar para a vida diplomática ele abandonou a produção literária.
 Faleceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 21 de janeiro de 1913.

IMPORTÁNCIA DA OBRA
Na literatura brasileira, O Cortiço é o romance mais exemplar da estética realista-naturalista. Nele, pode-se perceber com clareza a visão que os naturalistas tinham das reações sociais no desejo de enriquecimento que toma João Romão, e ainda a imagem que os naturalistas faziam das relações pessoais no envolvimento amoroso entre Jerônimo e Rita Baiana.

CONTEXTO HISTÓRICO
O romance foi escrito em um período de profundas transformações na paisagem urbana do Rio de Janeiro, captadas ali com o registro cru do naturalismo, que rejeitava qualquer forma de idealização do real.

ROMANCE EXPERIMENTAL
Conceito  elaborado pelo escritor francês Émile Zola. Segundo o conceito, a realidade é observada de uma perspectiva científica que se distancia da idealização romântica e mostra um retrato fiel da sociedade, mesmo de seus aspectos mais sórdidos – postura artística denominada então de “belo horrível”.
A busca pelo registro fidedigno orienta o narrador no sentido da reprodução da linguagem das personagens com toda a riqueza da oralidade e das gírias do tempo. Nota-se ainda um aspecto fundamental da narrativa realista-naturalista: o interesse pela miséria, pela pobreza. Além de traços presentes na tendência naturalista do realismo, como a sexualização do enredo e a animalização das personagens.
O cortiço,  de Aluísio Azevedo, segue de perto as determinações do chamado “romance experimental”.

VISÃO NATURALISTA – a exposição do comportamento humano
A trajetória de João Romão apresenta a visão naturalista das relações sociais, enquanto a de Jerônimo indica a perspectiva adotada pela escola no que diz respeito às relações pessoais. Nos dois casos, evidenciam-se patologias que definem os desvios morais das personagens.

AMBIÇÃO
A ambição de João Romão não é condenada, afinal, ele apenas se aproveita das oportunidades oferecidas pela sociedade capitalista então nascente. Ocorre que, nele, a vontade de prosperar transforma-se em doença, em “febre de possuir”. Sua falta de escrúpulos é tamanha, que passa a explorar a companheira Bertoleza até o ponto da saturação, quando a troca por uma companhia que promete frutos mais lucrativos.

RELAÇÕES SOCIAIS
No retrato das relações sociais, o sobrado cumpre um papel fundamental, principalmente no contraste com o cortiço: este reúne os tipos miseráveis, enquanto aquele representa a riqueza das elites. Ficam assim representadas as diferenças sociais. Mas é bom observar que tanto em um ambiente quanto no outro o padrão moral é o mesmo, caracterizado pela baixeza e pelo domínio dos instintos.

ENVOLVIMENTO AMOROSO OU INSTINTO NATURAL
Jerônimo sintetiza a visão naturalista do envolvimento amoroso. Na verdade, não se trata de amor, já que os naturalistas não consideravam esse sentimento, tomando-o apenas como uma máscara para a verdadeira motivação da aproximação entre casais, o instinto natural de preservação da espécie. Assim, o que une Jerônimo a Rita Baiana é o desejo sexual: o português se rende aos encantos da mulata brasileira, circunstância que mostra a sedução que a terra exótica exerce sobre o colonizador espantado.

MORAL/DECADÊNCIA
A queda moral de Jerônimo também possui explicação ligada ao ambiente: o sol dos trópicos abate a vontade de trabalhar e o homem se entrega aos prazeres. Sua pureza original é superada por seus instintos, e ele se torna preguiçoso e dado à luxúria. O fato de a mesma decadência atingir Piedade e Pombinha confirma a tese de que a tendência à frouxidão de costumes se dá em função do ambiente.

PERSONAGEM PRINCIPAL. – o próprio cortiço

PERSONAGENS
João Romão: português ambicioso, torna-se dono da venda, do cortiço e da pedreira. Explora a amante Bertoleza, mas acaba se casando com Zulmira por motivos financeiros.

 Bertoleza: escrava que se pensa alforriada, trabalha para João Romão e é sua amante.

Miranda: português, morador do sobrado ao lado do cortiço. É casado com Estela, mas tem um casamento infeliz, mantido apenas por razões financeiras.

Estela: esposa de Miranda, é infiel ao marido.

Zulmira: filha de Estela e de Miranda, casa-se com João Romão, que busca ascensão social através do casamento.

Jerônimo: português trabalhador e honesto, torna-se administrador da pedreira de João Romão. Acaba se envolvendo com Rita Baiana e deixando de lado os princípios.

Rita Baiana: mulata sedutora, é amiga de todos no cortiço. Tinha um caso com Firmo, depois se envolveu com Jerônimo.

Piedade: esposa dedicada de Jerônimo, acaba se entregando a bebida depois que o marido a abandona para ficar com Rita Baiana.

Firmo: amante de Rita Baiana, é assassinado por Jerônimo.

Pombinha: moça que discreta e educada que termina entregue à prostituição.



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Projeto - Auto da barca do inferno

Projeto - teatro na escola
EE Prof. Sebastião Ramos
Obra adaptada - Auto da barca do inferno, de Gil Vicente

Prof. Responsável: Ozeia Ferreira
Turma 3 série B
Ano 2015

OBJETIVOS
- Ampliar a ação formadora e intelectual  dos educandos, melhorando a interação social  con a vida  e com o mundo ao redor para assim favorecer aa relações harmônicas desses indivíduos em sociedade;
- abrir espaço ao aluno na busca por um conhecimento sistêmico,  uma análise efetiva,  uma ampliação nos aspectos de sua vida como cultura, realidade política,  social  e artística;
- ampliar o leque da cultura escolar,  para que possa ser rompida a estagnação cultural que hora perpetua em nossa sociedade;
- atuar de forma disciplinadora tendo a encenação como mecanismo de condução  para expressar a liberdade dos alunos.


JUSTIFICATIVA
     O teatro na escola é de grande valia para que possamos preparar os alunos a caminho de um futuro que exige flexibilidade,  dinamismo e agilidade no pensar, no agir, no entender e na arte de refletir e analisar.
      Diante dessa premissa, essa ferramenta com fundamentos sociais e pedagógicos, tornou-se relevante as competências e habilidades em língua portuguesa. A encenação teatral contribui com o convívio,
 
DESENVOLVIMENTO/ETAPAS
1. Ponto de partida: leitura dramatizada do texto "AUTO DA BARCA DO INFERNO" de Gil Vicente.
2. Adaptação do texto.
3. Na sala de informática, através do canal do youtube, os alunos assistiram à peça ‘Auto da barca do inferno’
4. Montagem da peça:
   a) escolha dos personagens;
    b) escolha do responsável pelo cenário;
    c) escolha do responsável pelo figurino;
    d) escolha do responsável pela maquiagem;
    e) escolha do aluno como diretor.
5. O aluno escolhido como diretor ficou responsável pelos ensaios. Antes dos ensaios eram feitos exercícios vocais,  corporais e  reconhecimento de palco.
Ensaio – todas as 3 feiras e 4 feiras, durante as aulas de língua portuguesa.
     Obs – Antes do ensaio -  aquecimento teatral -  desenvolvido pelo aluno Lucas Nascimento.                A - Exercícios vocais. Exercícios de dicção – repetição das palavras: pipoca, abacate, banana, abacaxi.  Exercícios para controlar a respiração –  pronunciar o som de ‘s’, ‘f’, ‘x’; soltar ar frio pela boca.  
    B – Exercícios de percepção teatral, de espaço e para explorar sentimentos.
6. Assim todos participaram do projeto.
7. O que era uma peça transformou-se um curta metragem.
8) Assim foi definido os alunos responsáveis pela gravação e edição do filme.

A avaliação ocorreu  durante todo o projeto, principalmente na elaboração dos textos e nas apresentações, onde foi usada como critério, a avaliação do trabalho em grupo, as atuações individuais e a criatividade. Serão também avaliados os alunos responsáveis pelo cenário e pelo figurino, além do aluno responsável pela edição do DVD.

REFERĘNCIA
GIL, Vicente.  Auto da barca do inferno.  2 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
GOOGLE. Teatro na Escola. Disponível em<http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_na_escola> Acesso em 20 de setembro de 2015.
https://www.youtube.com/watch?v=VdmeEv6JMao.  Acesso em 15 de setembro de 2015.

REGISTROS
 MONTAGEM DO CENÁRIO






ALGUMAS CENAS...



  


















terça-feira, 27 de outubro de 2015

Todos os temas das redações do Enem

1998: Viver e aprender

1999: Cidadania e participação social

2000: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional

2001: Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?

2002: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?

2003: A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo

2004: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação

2005: O trabalho infantil na sociedade brasileira

2006: O poder de transformação da leitura

2007: O desafio de se conviver com as diferenças

2008: Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar

2009: O indivíduo frente à ética nacional

2010: O trabalho na construção da dignidade humana

2011: Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado

2012: Movimento imigratório para o Brasil no século 21

2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

2014: Publicidade infantil em questão no Brasil

2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Temas ENEM 2015

1. Diálogo entre ciência e sociedade

A ciência realiza novas descobertas frequentemente, fato que possibilita melhorias e desenvolvimento de novas tecnologias. Entretanto, muitas vezes a sociedade não entende o método científico e muitas coisas são confrontadas com paradigmas culturais, morais ou religiosos. Para lidar com isso, é necessário haver comunicação entre o meio científico e a população.

2. Limites entre estética e saúde

Academia, dietas, cirurgias plásticas, anabolizantes etc. É grande a busca pelo corpo perfeito caracterizado por um padrão de beleza. Mas até que ponto a estética coincide com hábitos saudáveis? Conhecem-se muitas doenças causadas por insatisfação corporal como anorexia, bulimia, depressão, compulsão alimentar e obesidade, além de consequências no convívio social como discriminação e baixa autoestima.

3. Novos modelos de educação

Há muitos debates ocorrendo sobre as problemáticas do sistema tradicional de ensino e novos modelos de educação para o século XXI, tendo em pauta os métodos de avaliação, uso de tecnologias, interação professor-aluno, formação crítica e social etc. Um recente documentário realizado no Brasil que ajuda na discussão desse tema é o “Quando sinto que já sei” que pode ser encontrado no Youtube.

4. Dificuldades da formação universitária

A formação universitária no Brasil encontra diversos obstáculos como financeiro (o alto valor das mensalidades em faculdades privadas, custeio de transporte ou residência, materiais didáticos, alimentação), psicológico (escolha de curso, afastamento de familiares e amigos, aumento de responsabilidades, inserção no mercado de trabalho), entre outros. Ao mesmo tempo, o Estado tem criado políticas públicas como Fies, Pronatec, sistemas de cotas, criação de novas universidades etc.

5. Conceito de família no século XXI

O projeto de Lei 6583 de 2013 cria o Estatuto da Família. Nesse texto, família é definida como união entre homem e mulher. A partir disso, muitas discussões têm sido feitas sobre o conceito de família atualmente, com o intuito de refletir sobre famílias formadas por mães ou pais solteiros, avós e tios, casais homossexuais, poligamia etc.

6. Justiça com as próprias mãos

Tema bastante polêmico em 2014 e que pode ser discutido com mais imparcialidade esse ano. O combate à violência através da justiça com as próprias mãos é válido? Definições de justiça, casos de linchamentos, rebeldia com a ordem e segurança públicas são alguns pontos que abordam essa temática.

7. Obsolescência programada

Esse conceito significa a diminuição da vida útil de equipamentos com o intuito de incentivar a compra de novos produtos ou versões atualizadas. Rodeio esse tema a questão do consumismo exacerbado, resíduos eletrônicos, responsabilidade e consciência social do consumidor. Um documentário sobre esse assunto também pode ser encontrado no Youtube e ajuda no entendimento.

8. Trânsito em grandes metrópoles

Grandes cidades têm tido cada vez mais problemas com o trânsito. Muitos pontos podem ser discutidos nessa temática como a preferência dos cidadãos por transporte público ou individual, poluição causada por muitos carros, poluição sonora (buzinas em congestionamento), via exclusiva para ônibus, ciclovias, tempo gasto diariamente entre trabalho e residência, atraso nos horários e superlotação em ônibus, trens e metrôs, greves dos funcionários de transportes públicos, preços das passagens, catraca livre etc.

9. Voluntariado e transformações sociais

O trabalho voluntário no Brasil tem passado por uma transformação. Não se pensa mais no voluntariado como assistencial (doação de roupas, alimentos e agasalhos, por exemplo), mas como uma tentativa de mudança social, através de medidas inclusivas e de impacto. Outro ponto a ser considerado é a valorização que as empresas fazem de candidatos e funcionários que realizam trabalhos voluntários, assim como próprios projetos sociais realizados pelas empresas para contribuição à sociedade ou marketing.

10. Liberdade de expressão e mídia

Tema bastante atual, a liberdade de imprensa tem sido muito discutida, principalmente após o ataque à revista francesa Charlie Hebdo no início desse ano. Pode-se refletir sobre os limites entre liberdade de expressão e respeito às diferenças ou respeito à verdade.

11. Consumo de álcool e droga por adolescentes

Por lei, o consumo de álcool é proibido por adolescentes. Entretanto, é crescente o uso não só de bebidas alcoólicas mas também de drogas lícitas e/ou ilícitas entre os jovens, como cigarro, maconha, cocaína, LSD etc. As razões e consequências desse ato podem servir como base para a discussão do tema.

12. Limites entre humor e bullying

Os limites do humor é algo que tem chamado bastante atenção atualmente por causa de diversos processos a comediantes do Brasil como Rafinha Bastos, Danilo Gentili etc, e o constante uso de discriminação das minorias para fazer piada. A responsabilidade social do comediante foi discutida no excelente documentário de Pedro Arantes, “O riso dos outros”, encontrado no Youtube.

13. Desigualdade étnica e de gênero

O Brasil é um dos países com maior desigualdade do mundo e entre muitos tipos de desigualdade, a étnica e a de gênero costumam ser as mais discutidas, assim como os preconceitos gerados por essa situação, respectivamente, racismo e machismo. Os direitos conquistados, as lutas e reivindicações e as políticas públicas são alguns pontos que merecem ser estudados para entender a causa e argumentar com clareza.

14. Gestão de resíduos urbanos

Em 2010, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A gestão de resíduos ainda é um tema bastante em alta devido à enorme quantidade de lixo produzido anualmente no Brasil. Coleta seletiva e logística reversa são alguns dos termos importantes de serem entendidos. Para conhecer mais sobre a lei e sua importância na sociedade, pode ser consultada a explicação no site do Ministério do Meio Ambiente.

15. Saúde pública

Problemas no Sistema Único de Saúde (SUS) como falta de médicos, atrasos, grandes filas de espera e falta de equipamentos são possíveis de serem tratados em uma dissertação. O tema também é bastante atual devido ao programa de governo Mais Médicos que trouxe médicos de outras nacionalidades (cubanos) para atuar no Brasil com o intuito de amenizar os problemas na saúde pública.

16. Abuso em trotes universitários

Todo ano, vários casos de abuso em trotes universitários são noticiados. Esse ano, um dos casos mais alarmantes foi de uma jovem que teve a perna queimada por ácido. O fator psicológico dos jovens recém inseridos no ensino superior também é pauta nessa discussão. Leia mais sobre esse tema nessa coluna.

17. Tráfico de drogas e violência urbana

A correlação entre o tráfico de drogas e a violência urbana, principalmente em favelas, é muito propício de discussão. Esse tema foi recentemente abordado nos filmes Tropa de Elite (1 e 2) e é sempre mencionado quando se debate sobre Legalização da Maconha, já que o combate às drogas é um dos fatores que mais causam violência e conflito entre policiais e civis no Brasil.

18. Uso da água na economia brasileira

O Estado de São Paulo passa por uma intensa crise hídrica e isso tem colocado a água no centro de grandes discussões. Uma das possibilidades de tema envolvendo a água é a sua importância em diversas atividades econômicas no Brasil como a agroindústria e a geração de energia elétrica através de hidrelétricas.

19. Saúde feminina na gravidez

A preocupação com a saúde da mulher durante a gravidez é um bom tema de redação pois nele podemos tratar várias problemáticas presentes na sociedade brasileira como o aborto não legalizado que fere e mata milhares de mulheres por ano, os maus tratos nos hospitais durante abortos espontâneos ou nos partos. O tema também é atual por causa da recente resolução que limita a quantidade de cesáreas que podem ser realizadas, o que é uma intervenção do Estado na escolha da mulher.

20. Sustentabilidade nas empresas

O termo sustentabilidade está bastante em alta no Brasil com a crescente preocupação com o meio ambiente. Nesse contexto, as empresas precisam atuar coincidindo a busca por lucros com o cuidado ambiental. Políticas empresariais e marketing verde são os pontos de destaque nessa discussão.

domingo, 23 de agosto de 2015

Diminutivos

USO DO DIMINUTIVO

Os diminutivos nem sempre indicam diminuição de tamanho. Dependendo de como os diminutivos são colocados no contexto, eles podem assumir as mais diversas significações e não apenas diminuição de tamanho.
A significação dos diminutivos depende do contexto e só existe em relação a ele.
Algumas significações dos diminutivos

A- Significacão de aumentativo
1)- Casinha: Dois amigos se encontram e um deles convida o amigo para conhecer a sua “casinha” (diminutivo afetivo, de aconchego).
Quando o amigo chegou em frente à casa, declarou admirado:
- Que “casinha” hein!...
Na realidade, o amigo se admirou porque não era uma casinha, (no sentido de pequena), mas uma casa grande, um casarão.

2)- Friozinho:Quando alguém diz “aquela situação me deu um ‘friozinho na barriga’”, realmente não será o aumentativo de medo?

Nos casos em que os diminutivos se referem a comida, o tom carinhoso, afetivo, surge com muito mais intensidade.

Que comidinha gostosa a sua mãe faz !
Hoje o arrozinho e o feijãozinho da mamãe estavam uma delícia.
Gostou do cafezinho?

B- Eufemismo - Algumas palavras causam desconforto. O diminutivo se presta muito a isso: serve para abrandar, para atenuar uma situação.

Ex.: 1- Remedinho:  Pedro caiu e se machucou, sua mãe lhe deu um remedinho.
Remedinho- tratmento simples.
Remédio – tratamento mais grave.
Ex.:2) Operaçãozinha: “João irá fazer uma operaçãozinha.
Operaçãozinha – simples
Operação – algo mais grave

C- Causar constrangimento ou ofensas. Ironia. Desprezo. Antipatia.
Ex.: 1) Aquele doutorzinho não soube diagnosticar.
  2) Mariana diz que o povinho da vila não tem coragem.
  3) Maria nos serviu um vinhozinho qualquer.

D- Os diminutivos nos nomes dá-lhes um significado carinhoso, sentimental, de ternura.

Lulinha ,, Toninho, Betinho, Bruninho, Rafaelzinho, Rodriguinho, Terezinha, Joãozinho, Ronaldinho, Rubinho, Rosinha. (Isso não quer dizer que são pequenos, mas sim que eles são muito amados).
  -  Escolinha de Futebol: Não quer dizer que é uma escola pequena em tamanho, mas sim uma escola para crianças
 -   A sua casinha é muito bonita. (Casinha não se refere ao tamanho, mas sim ao que ela significa)

E- Carinhosamente, substituem os nomes.

Ex.: Manoel irá visitar sua  Terrinha em janeiro. (Portugal)
       Xuxa e os baixinhos. (Crianças)
   
F- Existem palavras que embora utilizem o sufixo diminutivo, não tem significação de diminutivo. Elas são meramente formais, não encerram a idéia de diminutivos, desde que colocados dentro de um contexto.

1) Santinho: Propaganda eleitoral impressa em formato pequeno, com foto do candidato e informações sobre ele.
2) Folhinha: Folha com o calendário impresso.
3) Patricinha: Mulher que se veste com excessivo apuro.
4) Pegadinha: Ciladas

5) Vaquinha: ajuda mútua, caixinha.


G- Quando o diminutivo sugere alguma recomendação, Isto é, dar a alguém alguma incumbência, alguma ordem, isto não indica mais lentidão ou ligeireza da realização do fato, mas sim acentuar a recomendação, reforçar o sentido.


Pedro! vá depressinha apanhar o meu remédio na farmácia.
   Maria é bom que estudes devagarinho.

H- Os diminutivos dos verbos, dando idéia de freqüência, exprimem uma ação, uma marcha de tempo
que desliza suave e incessantemente.São usados como um desvio gramatical, intencional, estilístico.
Ex.: A vida vai morrendo, morrendinho (Lapa,M. Rodrigues. Est. Da Língua Portuguesa)
O vento madrugouzinho (Caliman, Plínio. O rio da minha aldeia)
Desceu os vales caminhandozinho (Climan, Plínio. O rio da minha aldeia)
Quero estarzinho com ela (Bopp, Raul. Cobra Norato)
Querzinho de ficar junto. (Bopp, Raul. Cobra Norato)

     I - Na linguagem coloquial, onde as manifestações de ternura caracterizam-se por sua intensidade e natural exagero é comum o advérbio e o adjetivo, por afinidade com os substantivos, assumirem uma forma diminutiva, utilizando os sufixos “inho (a)” com um valor de superlativo.
Ex.: Como você está lindinha.( muito linda, lindíssima)

      Ele acordou cedinho para estudar. ( muito cedo)


Os diminutivos deverão ser sempre analisados dentro de um contexto,pois só assim se terá a noção exata de seu significado.

Questão 1-       Balõezinhos
      Manuel Bandeira 

Na feira livre do arrabaldezinho
Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor:
-“O melhor divertimento para as crianças!”
Em redor dele há um ajuntamento de meninos pobres,
Fitando com olhos muito redondos os grandes balõezinhos muito redondos.
No entanto a feira burburinha.
Vão chegando as burguesinhas pobres,
E as criadas das burguesinhas ricas,
E as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza. Nas bancas de peixe,
Nas barraquinhas de cereais,
Junto às cestas de hortaliças
O tostão é regateado com acrimônia.
[...]
BANDEIRA, Manuel. A cinza das horas; Carnaval; O ritmo dissoluto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
No poema, os diminutivos “arrabaldezinho”; “balõezinhos”; “burguesinhas; “barraquinhas” representam
(A) alegria do eu lírico ao retornar à sua cidade de origem
(B) agitação das festividades do interior.
      (C) admiração ao ver tantas crianças pobres.
      (D) afetividade do eu lírico com coisas simples do dia a dia.



Questão 2-          O Anel de vidro
                                                   Manuel Bandeira
Aquele pequenino anel que tu me deste,
- Ai de mim – era vidro e logo se quebrou...
Assim também o eterno amor que prometeste,
 - Eterno! Era bem pouco e cedo se acabou.

Frágil penhor que foi do amor que me tiveste,
Símbolo da afeição que o tempo aniquilou
 - Aquele pequenino anel que tu me deste,
- Ai de mim – era vidro e logo se quebrou.

Não me turbou, porém, o despeito que investe
 Gritando maldições contra aquilo que amou.
 De ti conservo na alma a saudade celeste...
Como também guardei o pó que me ficou
Daquele pequenino anel que tu me deste...

Bandeira, Manuel. Estrela da vida inteira - poesia completa. 5. Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. P. 74.

Nos versos do poema: “Aquele pequenino anel que tu me deste, (l. 1 e l.7)” e “Daquele pequenino anel que tu me deste...(l. 13)”, o emprego do adjetivo “pequenino”:
(A) exprime a ternura do eu lírico pelo anel de vidro.
(B) acentua o caráter carinhoso que perpassa o poema.
(C) intensifica a afeição do eu lírico pela amada ausente.
(D) expressa o aspecto irônico que caracteriza o poema.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Sujeito oracional

Nem sempre o sujeito é uma pessoa (nome ou pronome); às vezes trata-se de um fato expresso por uma oração reduzida de infinitivo, ou desdobrada e introduzida por conjunção integrante.  A concordância do verbo será uma só: 3* pessoa. 

Verbos unipessoais - são os verbos que pedem sujeito oracional.
Exemplos de tais verbos: convém,  ocorre, agrada, aparece,  consta, é necessário,  é bom,  é urgente,  etc.

Ex. Cabe aos mestres ensinar a língua pátria.
(ensinar a língua pátria - sujeito oracional representado por oração de infinitivo)

Agrada-me que tenhas ficado
contente.
(que tenhas ficado contente - sujeito oracional representado por oração substantiva integrante.

Nota: Frequentemente o objeto do infinitivo se antepõe ao verbo unipessoal e, às vezes,  além dessa anteposição,  vem repetido ( pleonástico ) .
Ex: Os direitos alheios cabe-me defender.
O sujeito é " defender os direitos alheios".

Os direitos alheios, cabe-me defendê-los.
"los" -é objeto direto pleonástico.
"defender os direitos alheios" - sujeito oracional.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

QUESTÕES - MODERNISMO NO BRASIL - 1a FASE

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o culpado de tudo.27 set. 2011 a 29 jan. 2012. São Paulo: Prol Gráfica, 2012.
     Questão 1 -O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem
     a) direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais.
     b) forma clássica da construção poética brasileira.
     c) rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol.
     d) intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética.
     e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das  originais.

     Questão 2- Erro de português
                  Quando o português chegou
                         Debaixo de uma bruta chuva
                         Vestiu o índio
                         Que pena!
                         Fosse uma manhã de sol
                         O índio tinha despido
                                        Oswald de Andrade
     Sobre o poema de Oswald de Andrade, estão corretas as seguintes proposições:
     I. Faz uma crítica contra a colonização portuguesa na Brasil. Essa crítica pode ser confirmada a partir do título do poema, o qual contém uma ambiguidade intencional.
     II. Nesse poema, a temática do relacionamento amoroso é abordada de maneira inovadora, distante da idealização romântica proposta pelos ultrarromânticos.
     III. O poema utiliza elementos como o humor, a ironia e o sarcasmo para relatar a chegada do português em terras brasileiras.
     IV. Apropria-se de uma linguagem simples e prosaica para fazer uma reflexão profunda e complexa.
     V. No poema de Oswald nota-se a preocupação com a métrica, a versificação e a rima, embora o conteúdo do poema seja inovador.
      a) I, II e IV.
  b) II, III e V.  c) I, III e IV.d) III e IV,
  e) II e V.

Questão 3 – O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo...
Contabona! Cantabona!
Dlorom...
Sou um tupi tangendo um alaúde!
                                                 Mário de Andrade.

Arlequinal – palhaço, farsante
Tanger - toque (de um instrumento musical)
Alaúde - instrumento musical da família dos cordofones
Cabe  ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é
A- Abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o carvanal, remete à brasilidade.
B- Verificando já no título, que remete aos repentistas nordestinos,estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas.
C- Lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como“Sentimentos em mim do asperamente” (v.1), “frio” (v. 6), “alma doente”(v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).
D- Problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.
E- Exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas.

Questão 4 – POEMA DO BECO
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do                                                                                                                                                  horizonte?
- O que vejo é o beco.
                                                       Manuel Bandeira

  1. A-       Do que é possível depreender do ‘poema do beco’, qual é o estado de ânimo do eu lírico? Justifique sua resposta.

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  1. B-      No poema, a palavra ‘Glória’ vem grafada com letra maiúscula, representando um tradicional bairro carioca. É possível entender o termo ‘glória’ também no sentido de prestigio, fama? Por quê?

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  1. C-      Há no poema uma oposição entre imagem do ‘beco’ e ‘A Glória, baía, linha do horizonte’. Explique em que consiste essa oposição.

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  1. D-     O termo ‘beco’ não indica somente uma rua sem saída, mas, conotativamente, sugere outras leituras. O que mais pode significar ‘beco’ no contexto do poema?

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  1. E-  -  De que modo a escolha por focalizar o beco reafirma as opções poéticas dos modernistas de 22?

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Questão 5 – Porquinho da índia
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho da índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava.
Queria era estar debaixo do fogão!
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
- O meu porquinho da índia foi a minha primeira     namorada.
                                             Manuel Bandeira
A -Aponte dois aspectos de estilo que estejam relacionados ao tema da infância? Explique.
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    B- Qual é o elemento comum entre a experiência infantil e a experiência mais adulta presentes no poema? Explique.
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GABARITO
          

  1.      A
  2.    C
  3.    E
  4.   -  A- o eu lírico esta desanimado , triste, entediado, sem perspectiva. O fato de ele ver apenas o beco – rua estreita e curta, muitas vezes sem saída – é o que afirma a sua melancolia.

          B-sim. As paisagens grandiosas anunciadas – o bairro da Gloria, a baía – da Guanabara - , a linha do horizonte – são gloriosas, tem charme e prestigio.

           C-o eu lírico cria uma oposição entre essas duas imagens para evidenciar seu estado de espirito – de depressão, de desalento, de tristeza. Pelo modo como o poema foi construído, pose-se inferir que o eu lírico tem diante de si uma paisagem bela – a GLORIA, A BAÍA, A LINHA DO HORIZONTE,  mas ele apenas consegue ver o beco.

             D-pode significar a falta de sentido, a impossibilidade de se continuar algo, a tristeza do eu lírico.
            E-os modernistas de 22 levam a poesia ás ruas, buscam A TEMÁTICA cotidiana, prosaica. A escolha do beco em vez de grandes símbolos reflete essa opção.

5  - A- uso do diminutivo para expressar afeto, a coloquialidade presente na expressão ‘dor de coração’ , a opção por um registro informal de linguagem em ‘levava ele’ e ‘pra os lugares’ – em vez de levava-o e para os lugares, conforme a gramatica normativa.

      B-o elemento comum é a rejeição. Tanto o bicho de estimação do eu lírico quando criança quanto a namorada com se relaciona na idade adulta rejeitam suas ‘ternurinhas’, seu carinho.