Contexto Histórico
- Surgiu a partir da segunda metade do século
XIX.
- As ideias do Liberalismo e Democracia ganham mais espaço.
- As ciências evoluem e os métodos de
experimentação e observação da realidade passam a ser vistos como os
únicos capazes de explicar o mundo físico.
- Em 1870, iniciam-se os primeiros sintomas da
agitação cultural, sobretudo nas academias de Recife, SP, Bahia e RJ,
devido aos seus contatos freqüentes com as grandes cidades europeias.
- Houve também uma transformação no aspecto
social com o surgimento da população urbana, a desigualdade econômica e o
aparecimento do proletariado.
NARRADOR
1a pessoa
“defundo autor”
pressunção, egocentrismo
instabilidade, volubilidade
niilismo: pessimismo acentuado
Personagens
A família
irmã Sabina: disputa de herança
cunhado Cotrim: falta de escrúpulos da elite
As mulheres Marcela: prostituta de luxo
Eugênia: pobre, coxa
Virgília: amante
Nhã-Loló: pretendente
Escravos e dependentes Prudêncio: de oprimido a
opressor
D.
Plácida: marginalização do trabalho
SÍNTESE
- RESUMO
Publicado em folhetim em 1880, na Revista Brasileira, e editado em livro
no ano seguinte, Memórias póstumas de Brás é a autobiografia da personagem Brás
Cubas, que, depois de morto, resolve escrever suas memórias.
Intitulando-se "defunto-autor", Brás Cubas propõe-se a fazer a
retrospectiva de sua vida, o que realiza com o distanciamento crítico e irônico
de quem já não se prende às convenções sociais.
Assim,
entre os fatos narrados, destacam-se: os amores juvenis de Brás Cubas por
Marcela, uma mulher vulgar a quem ele amou e por quem foi amado durante
"quinze meses e onze contos de réis", suas aspirações à vida
literária e política; sua amizade com o filósofo Quincas Borba; o caso com
Virgília - de quem quase se tornou marido, num casamento arranjado, e de quem
mais tarde se tornaria amante; o casamento de Vigília com seu rival Lobo Neves.
ESTILO
DE MACHADO DE ASSIS
A escrita de Machado de Assis tem um
estilo bastante peculiar, marcado pela erudição e pela ironia. Assim, o
escritor refere-se frequentemente a passagens de obras clássicas, das quais era
um leitor sistemático, adaptando-as para as situações de seus personagens e
narrativas.
A ironia fina presente nos textos,
capaz de estabelecer ambiguidades e impasses que não se solucionam, causa um
efeito de distanciamento em relação aos fatos narrados. Mas, ao contrário do
que possa sugerir, essa postura distanciada não deve ser entendida como
imparcial. Ao contrário, o distanciamento irônico que caracteriza o discurso de
muitos dos narradores criados pelo autor favorece o estabelecimento de um ponto
de vista crítico, corrosivo, que questiona a realidade e aponta as suas
contradições.
O ritmo fragmentado das narrativas e
as constantes digressões dos narradores, que muitas vezes se desviam do assunto
que estavam abordando para fazer esclarecimento ou críticas, exigem uma leitura
atenta e levam o leitor a uma reflexão mais cuidadosa sobre a matéria narrada.
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